São citados:
- Roberto Carlos,
- Antônio Marcos,
- Jairzinho (jogador de futebol),
- Agnaldo Timóteo,
- Wilson Simonal,
- Clara Nunes,
- Wanderley Cardoso,
- Rose Mary (escrito assim no documento), entre outros.
GABINETE DO MINISTRO
CIE/GB
ENCAMINHAMENTO 71/s-103.2.cie
FUNDO “DIVISÃO DE CENSURA DE DIVERSÕES PÚBLICAS”, ARQUIVO NACIONAL,
COORDENAÇÃO REGIONAL DO ARQUIVO NACIONAL NO DISTRITO FEDERAL, SÉRIE
“CORRESPONDÊNCIA OFICIAL”, SUBSÉRIE “INFORMAÇÕES SIGILOSAS”, CAIXA ÚNICA
Acervo Arquivo Nacional – COREG
Durante a ditadura militar no Brasil, alguns artistas viraram colaboradores do regime – seja por simpatizarem com os governos militares ou por pura covardia – passando informações sobre o que acontecia no meio artístico e participando de atos realizados nos quarteis.
No documento em anexo produzido pelo Centro de Informações do Exército (CIE), classificado como informe interno e confidencial, o CIE reclama que alguns veículos intitulados pelos militares de “imprensa marrom” (tal qual O Pasquim) estariam fazendo campanhas contra alguns artistas amigos e colaboradores da ditadura.
O informe difundido para outros órgãos da repressão política sugere que esses artistas “amigos da ditadura” sejam blindados, protegidos.
No documento emitido pelo Centro de Informações do Exército são revelados alguns desses “colaboradores”, considerados pelos militares como amigos, aliados do regime. Segundo o documento, certos órgãos de imprensa estariam publicando matérias denegrindo a imagem de determinados artistas que se “uniram à revolução (sic) de 1964 no combate à subversão e outros que estiveram sempre dispostos a uma efetiva colaboração com o governo”.
(Vídeo) Roberto Carlos mostra sua consideração ao ditador chileno Augusto Pinochet
fonte: pragmatismopolitico.com.br
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“Sem eleições gerais, sem uma liberdade de imprensa e uma liberdade de reunião ilimitadas, sem uma luta de opiniões livres, a vida vegeta e murcha em todas as instituições públicas, e a burocracia torna-se o único elemento ativo”.
– Ohne allgemeine Wahlen, ungehemmte Presse- und Versammlungsfreiheit, freien Meinungskampf erstirbt das Leben in jeder der öffentlichen Institution, wird zum Scheinleben, in der die Bürokratie allein das tätige Element bleibt. ROSA LUXEMBURGO
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Assista ao Documentário - “O dia que durou 21 anos” de Camilo Galli Tavares
Eduardo Guimarães, em seu site
O documentário “O Dia que Durou 21 anos” (2011) é uma produção da TV Brasil com a Pequi Filmes, com direção de Camilo Tavares, filho de uma das vítimas da ditadura. O material apresenta os bastidores da participação do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964.
Sim, muitos já assistiram, mas a esmagadora maioria dos brasileiros infelizmente não viu, o que explica a ignorância e a perenidade de tantas mentiras sobre aquele período histórico, que, meio século depois, a grande mídia brasileira mantém vivas.
O que este país mais precisa, neste momento histórico, é de doses cavalares de… Memória. Só revendo o passado é que poderemos avaliar o presente e projetar o futuro. Para tanto, porém, teremos que retroceder no tempo. Voltaremos, neste texto, a cerca de meio século.
Em um momento em que só se fala em “mensalões” – petistas, tucanos etc. –, um documento histórico nos propiciará enxergar o que até hoje permanece nas sombras: o maior mensalão de todos os tempos, bem como coincidências impressionantes entre o ontem e o hoje, as quais continuam a nos roubar a tranqüilidade quanto à democracia que, a duras penas, ainda pelejamos para construir no Brasil.

Lincoln Gordon, embaixador dos EUA no Brasil em 1964 – o homem que comprou o Brasil. (Foto: arquivo
Esse material imprescindível, que deveria figurar em todos os currículos escolares dos quatro cantos do país, mostra como e por que os Estados Unidos decidiram interferir na política interna do Brasil.
Documentos inéditos e oficiais, amparados em depoimentos de acadêmicos norte-americanos e brasileiros, revelam como, sob o pretexto do avanço comunista em Cuba, os Estados Unidos vieram ao Brasil e compraram, literalmente, políticos, governos estaduais e, acima de tudo, meios de comunicação, que enriqueceram graças à intervenção americana.
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Uma frase dos golpistas manipulados pelo governo norte-americano abre o documentário: “Aqueles que não amam a revolução, ao menos devem temê-la”.
Era a senha para o terror que sobreviria por mais de duas décadas, durante as quais verdadeiros facínoras, travestidos de militares, roubaram a nação ao custo de seqüestros, torturas e assassinatos.
Uma rica coleção de documentos oficiais e confidenciais norte-americanos, que vazaram há poucos anos, comprovam cada letra do parágrafo anterior, narrando, minuto a minuto, a estratégia ianque desde pouco antes do golpe militar de 1964 até o dia 2 de abril daquele ano.
O documentário não trata do desenrolar da ditadura, mas de como os Estados Unidos, através do seu então embaixador no país, Lincoln Gordon, ao custo de incontáveis milhões de dólares compraram consciências e colocaram como seus empregados todos os atores do golpismo que seqüestrou e manteve cativo um país inteiro durante mais de duas décadas.
O Brasil, então uma potência emergente, a maior da América Latina, entregava aos ianques o sangue e o suor de seu povo. Homens como Jango Goulart e Leonel Brizola, porém, ameaçavam os “interesses” da potência estrangeira. E o que era “pior”: eram apoiados pelo povo.
Para eliminar a ameaça “comunista” aos seus “interesses”, sob a crença insana de que a América Latina lhes pertencia os EUA fizeram de seu embaixador no país um agente secreto, alguém que se tornou um dos mais relevantes personagens da história brasileira.
Gordon chegou ao Brasil ainda no governo Jânio Quadros, que renunciaria e deixaria o vice-presidente, Jango Goulart, em seu lugar. O objetivo da nomeação desse “diplomata” fluente em português era, escancaradamente, o de transformar a embaixada norte-americana em um mero departamento da CIA.
Gordon abraçou a causa com ardor. E foi através de seu empenho, das idiossincrasias de um único homem, que a maior potência militar e econômica daquela época transformou em um inferno as vidas de dezenas de milhões de brasileiros.
Para seduzir a elite branca, dona de imensidões de terra, de indústrias e, sobretudo, de jornais, rádios e televisões, as idéias de Jango e Brizola sobre reforma agrária cairiam como uma luva.
Os ianques pouco se importavam com os interesses econômicos dessa elite, mas tais interesses lhes seriam úteis para evitar que uma nação do porte do Brasil se tornasse “Não uma Cuba”, como diziam, mas “Uma China”, dada a já imensa população nacional.
O que mais impressiona em “O Dia que Durou 21 Anos” é o depoimento de Robert Bentley, então assistente de Gordon. Grande parte das afirmações que você acaba de ler foram confirmadas e até relatadas por esse homem.
Se você leu, nos últimos anos – talvez em jornais como Estadão ou Folha ou em revistas como a Veja –, que o governo Lula teria inaugurado uma “república sindicalista” no Brasil, saiba que a expressão nasceu nos momentos que antecederam o golpe de 1964.
Eis a primeira das muitas coincidências que sobrevirão.
Em documentos oficiais do governo norte-americano de então, é dito, explicitamente, que o que deveria desencadear o golpe não seria o interesse dos brasileiros, mas o dos Estados Unidos – ou seja: o golpe foi dado por brasileiros com a finalidade de satisfazer outro país.
O presidente norte-americano era John Fitzgerald Kennedy. Esse que alguns até hoje consideram herói cometeu crimes inomináveis contra nosso país de forma a roubá-lo, nem que, para isso, milhões de brasileiros tivessem que pagar o preço. Para tanto, fez com que a agência de inteligência ianque, a CIA, começasse a expandir suas ações no país, começando por São Paulo.
Empresas norte-americanas concessionárias de serviços como energia ou telefonia tinham suas concessões vencendo em um quadro em que não tinham cumprido as exigências do Brasil para que se instalassem aqui. Dependia do governo brasileiro, portanto, renová-las ou não. Era nosso direito. Mas os norte-americanos só aceitariam uma decisão…
Com efeito, o combate midiático ao tamanho do Estado que se vê ainda hoje começou muito antes. Quando você lê num desses veículos supracitados o inconformismo de editorialistas com essa questão, na verdade está dando uma mirada no passado.
As televisões norte-americanas, então, apresentavam longos programas sobre o risco de o Brasil se insurgir contra seus interesses. E avisavam: “Para onde o Brasil for a América Latina irá junto”.
Abertamente, portanto, Kennedy falava à sua nação que seu governo “não aceitaria” uma decisão eleitoral do povo brasileiro que contrariasse seus interesses. E ameaçava: “Temos recursos, habilidade e força para proteger nossos interesses”.
Os Estados Unidos, porém, não precisariam de tanto. Bastaria usarem a carteira.
Primeiro, os norte-americanos tentaram comprar o povo brasileiro – e os de outros países da América Latina – despejando na região quantidades imensuráveis de dinheiro através de um programa que intitularam “Aliança para o Progresso”.
Segundo Bentley declarou em “O Dia que Durou 21 Anos”, eram gastos em Educação, agricultura, infra-estrutura: “Fale em um setor e ali estava o dinheiro da Aliança”, disse ele.
Não foi suficiente. O dinheiro norte-americano não comprava nem o governo João Goulart nem o povo, que continuava apoiando aquele governo. Assim, sob recomendação de Gordon, os Estados Unidos decidiram que era preciso “organizar as forças militares e políticas contra o governo”.
Kennedy, então, passou a literalmente comprar os opositores de Goulart no Congresso brasileiro, em governos estaduais e, sobretudo, na imprensa. Veículos como o jornal o Estado de São Paulo e O Globo passaram a ser receptáculos de quantidades pornográficas de dólares desembolsados pelos Estados Unidos.
Os beneficiários da dinheirama ianque, em contrapartida, tinham que organizar uma campanha de “enfraquecimento” e de “desestabilização” do governo federal. Para esse fim, a arma mais importante foi a… Imprensa.
Para que os recursos chegassem aos destinatários, uma trama criminosa foi engendrada. O mensalão ianque, que corromperia a imprensa, parlamentares e governadores de Estado como Carlos Lacerda, chamava-se Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES). Escritórios dessa agência do golpe foram abertos em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.
A imprensa, subsidiada pelo IPES, passou a fazer campanha anticomunista relatando os “horrores” da União Soviética, de Cuba etc. O empenho anticomunista domou Estadão, Globo e Folha, primeiro, através do bolso.
Esses veículos passaram a verter, dia após dia, acusações e críticas de “descalabro administrativo” e de “corrupção” contra o governo brasileiro. Não passava um único dia sem que torrentes de matérias nesses veículos, entre outros, fossem despejadas sobre o povo.
Informações falsas ou manipuladas eram plantadas na mídia, que, como hoje, pouco admitia uma mísera opinião divergente ou dava destaque a desmentidos. E, se dava, era sempre em proporção absurdamente desigual. Sem falar que muitos assuntos eram simplesmente vetados.
A grande mídia de então inundava tudo que podia com propaganda contra o governo. Cinemas, jornais, rádios, novelas. Tudo. Não havia como escapar de coberturas como as que o Jornal Nacional fez diariamente contra o governo Lula e continua fazendo contra o governo Dilma.
Tudo muito bem pago por dinheiro subtraído ilegalmente do erário norte-americano e repassado, mensalmente, aos escritórios do IPES, que, por sua vez, repassavam, além de a meios de comunicação, também a parlamentares, que passavam a votar no Congresso como queria o presidente… Dos Estados Unidos.
Qualquer semelhança com o que se passa hoje não é mera coincidência. Se você acredita em mim, pode parar por aqui. Do contrário, assista a íntegra do documentário “O Dia que Durou 21 Anos”.
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Assista ao Documentário - “O dia que durou 21 anos” de Camilo Galli Tavares
CategoriasEstudos
Inúmeros artistas, cantores, que têm vozes melhores, autores de músicas e compositores de músicas, não tiveram e não têm espaços na mídia conservadora como esses alcaguetas tiveram e têm.
Roberto Carlos é um deles, que não tem voz, só grita, mas até hoje tem espaço e tratamento VIP pela TV “BOBO”.
Por tal motivo, recuso-me a assisti-lo e ouvi-lo, muito menos adquiro música dele.
RC é um ANTIPATRIOTA, UM COVARDE DEDO DURO, COMO OS OUTROS MENCIONADOS NO DOCUMENTO DO CIE (Centro de Informações do Exército).
Agora, Agnaldo Timóteo, Walderley Cardoso, Jairzinho (jogador), A SAMBISTA CLARA NUNES, CAÍRAM NO RIDÍCULO.
Show de bola, João Xavier … falou bonito !
A unica injustica aki….se refere ao simonal!!!Ele foi comprovadamente injusticado por ser acusado de x9…..e morreu por desgosto e problemas ocasionados por sua depressao de ser chamado de delator……o resto é corja msm parabens
Gostei do tema do artigo, mas foi muito curto, parecia só o primeiro parágrafo. Já ouvi muito falar sobre os artistas colaboracionistas, mas eis um tema que a imprensa, mesma a dita de esquerda, parece deixar pra lá. É como se artista, ao contrário de político e de militar, fosse intocável, ninguém pode falar mal. Agora que o país está passando a limpo a época do regime militar, é preciso sim discutir a participação dos artistas durante o regime. Quanto mais pesquisa e informação melhor. Parabéns pelo post.
Wilson Simonal has never been a snitch.He was a victim of racism,for the dictators ,some of his colleagues and the public couldn’t stand a man of colour making so much money and took advantange of his decision (made in a moment of complete stupidity)
of having his white accountant beaten up by a friend of his who happened to be a police officer and the press transformed him in a low man .His story is so heart breaking that I couldn’t watch the documentary named “Ninguém sabe o duro que eu dei” which was produced by his sons. This libel made him lose money, respect, prestige and the career he worked so hard to build went down the drain and on top of that he fell so ill that when Simoninha visited him in hospital to show him his first cd he couldn’t speak anymore , so he bursted into tears and when Simoninha and Max invited him to step on the stage in their first concert he refused on the grounds that his foes would do to them what they had done onto him and by that time dictatorship had finished ages before and this concern shows how traumatised he was . .He was arrested on Max’s birthday and only, God, his tormentors, himself and perhaps the evil one know what was done to his body and mind.
Tired of such injustice Simoninha looked into the matter and proved him innocent, sadly enough he had already passed away, Anyway, I look up to his sons for transforming horror in music and last year his boys travelled the country on tour with a concert named “Baile do Simonal” with guest performers and they made it big.I saw them singing their father’s hits with so much joy, energy…What homage they’ve paid him!
As for Roberto Carlos ,Aguinaldo Timóteo and Wanderley Cardoso , it comes as no surprise.
Could Clara Nunes be a snitch and a friend of Chico Buarque’s at the same time?!? and as for Antonio Marcos I have no idea, after all he had so much in his plate : a succesfull career, a complicated relationship with Vanusa, addiction to alcohol…
I’d read about Simonal too, but I was just coping the post from another blogger. The point is, the Military considered him as a snitch. And at that time, they didn’t wanna know if u wanted to help or not … they just made u do it.
About the others, and mainly RC … what else can I say ? He’s chicken shit, selfish, likes lots of money … therefore, a perfect person for them at those times, to use and abuse.
I didn’t mean to sound rude,therefore I apologise , but I insist : the point was :a coloured person could not succeed,(so much so that when they arrested Toni Tornado they had him dance the same song for TEN hours) except for Pele who didn’t even live here when the blood shed started.As for “the king RC” as he’s called well,I’m lost for words.He’s such a phony that he did everything which was under his power to prevent his biography from being sold , for he’s got a lot of dirt to hide and he’s greedy so, he wants the dorks with questionable taste for music to keep atteding his concerts.I don’t think any other famous person in this country could ever be so low.