Citações

Arendt – referência da Alemanha Judia

Hannah Arendt

  • “O mais radical revolucionário tornar-se-á um conservador no dia seguinte à revolução”.

Es ist allgemein bekannt, daß der radikalste Revolutionär am ersten Tag nach der Revolution zum Konservativen wird.
“Zur Zeit: politische Essays” – página 139, Hannah Arendt, Marie Luise Knott – Deutscher Taschenbuch Verlag, 1989, ISBN 3423111526, 9783423111522 – 206 página

 

Hannah Arendt (nascida Johanna Arendt; Linden, Hanôver, Alemanha, 14 de outubro de 1906 – Nova Iorque,Estados Unidos, 4 de dezembro de 1975) foi uma filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX.

A privação de direitos e perseguição na Alemanha de pessoas de origem judaica a partir de 1933, assim como o seu breve encarceramento nesse mesmo ano, fizeram-na decidir emigrar. O regime nazista retirou-lhe a nacionalidade em 1937, o que a tornou apátrida até conseguir a nacionalidade estadunidense em 1951.

Trabalhou, entre outras atividades, como jornalista e professora universitária e publicou obras importantes sobre filosofia política. Contudo, recusava ser classificada como “filósofa” e também se distanciava do termo “filosofia política”; preferia que suas publicações fossem classificadas dentro da “teoria política”.

Hannah Arendt Arendt defendia um conceito de “pluralismo” no âmbito político. Graças ao pluralismo, o potencial de uma liberdade e igualdade política seria gerado entre as pessoas. Importante é a perspectiva da inclusão do Outro. Em acordos políticos, convênios e leis, devem trabalhar em níveis práticos pessoas adequadas e dispostas. Como frutos desses pensamentos, Arendt se situava de forma crítica ante a democracia representativa e preferia um sistema de conselhos ou formas de democracia direta.

Hannah arendt-150x150.jpgEntretanto, ela continua sendo estudada como filósofa, em grande parte devido a suas discussões críticas de filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles, Immanuel Kant, Martin Heidegger e Karl Jaspers, além de representantes importantes da filosofia moderna como Maquiavel e Montesquieu. Justamente graças ao seu pensamento independente, a teoria do totalitarismo (Theorie der totalen Herrschaft), seus trabalhos sobre filosofia existencial e sua reivindicação da discussão política livre, Arendt tem um papel central nos debates contemporâneos.

Como fontes de suas investigações Arendt usa, além de documentos filosóficos, políticos e históricos, biografias e obras literárias. Esses textos são interpretados de forma literal e confrontados com o pensamento de Arendt. Seu sistema de análise – parcialmente influenciado por Heidegger – a converte em uma pensadora original situada entre diferentes campos de conhecimento e especialidades universitárias. O seu devenir pessoal e o de seu pensamento mostram um importante grau de coincidência.

A análise mais instigante foi feita pela filósofa Hannah Arendt. Em 1961 acompanhou em Jerusalém todo o processo de julgamento do criminoso nazista Adolf Eichamann por crimes contra humanidade. Arendt escreveu em 1963 um livro que irritou a muitos:”Eichmann em Jerusalém:um relato sobre a banalização do mal”. Ela cunhou a expressão “a banalização do mal”. Mostrou como a identificação com a figura do “Führer” e  as ordens dadas de cima podem levar às piores barbaridades com a consciência mais tranquila do mundo. Mas não só em Eichmann se expressa a barbárie. Também naqueles judeus que extravasavam seu ódio a ele, exigindo os piores castigos, como expressão também de um mal interno.

Frei Leonardo Boff

ler o artigo todo no blog do Frei

 

Hannah Arendt
Hannah Arendt Filosofia do século XX
Nome completo Johanna Arendt
Escola/Tradição: Filosofia continental
Data de nascimento: 14 de outubro de 1906
* Local: Linden, Hanôver, Prússia,Alemanha
Data de falecimento 4 de dezembro de1975 (69 anos)
* Local: Nova Iorque, Estados Unidos
Principais interesses: Teoria política, Modernidade,Filosofia da história
Influenciado por: Pré-socráticos, Sócrates,Platão, Aristóteles, Jesus,Paulo, Duns Escoto, Santo Agostinho, Maquiavel,Montesquieu, Edmund Burke,Kant, Tocqueville,Kierkegaard, Heidegger,Russell, Jaspers, Benjamin
Influências: Jürgen Habermas, Maurice Merleau-Ponty, Giorgio Agamben, Seyla Benhabib,Cornelius Castoriadis,Claude Lefort, Elisabeth Young-Bruehl, Reinhart Koselleck, Hanna Pitkin,Michael Marrus, Quentin Skinner, J. G. A. Pocock,Phillip Pettit, Alain Finkielkraut, Julia Kristeva,Richard Sennett, Charles Taylor, Harrison

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