Não era de verdade mais tinha odor. E eu podia senti-la mesmo antes de estar perto dali. Meus sentidos chegaram antes de mim.
O olfato dominou os outros canais de percepção, e a intuição, que sinto através dos poros do corpo, que se arrepiam junto comigo, sempre que algo grande se aproxima, me avisava que aquela experiência seria algo diferente de tudo o que já tinha visto.
Energia pura. Pura harmonia e equilíbrio das emoções. Traduzidas em uma paz indescritível.
O odor daquele ambiente parecia penetrar na alma. Se misturava à respiração e toma conta da gente.
Foi uma das sensações mais incríveis que já tive. E a todo dia que vou dormir, penso naquela sala, esperando um dia, voltar a visitá-la.
Na verdade, não consigo lembrar onde fica, e nem quem me levou. Mas sei que a conheço. Sei que já estive lá.
Acredito que, ninguém que entre naquela sala, consiga um dia esquecê-la … jamais …
Acima de tudo, ali parecemos saber quem somos.
E como alguém pode esquecer o dia em que encontra a si mesmo?
Paul Sampaio
Bauru, 02:58:00 – domingo, 08 de junho de 2014 – 23º C
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