“… os mortos vêem o mundo pelos olhos dos vivos …” Ferreira Gullar
“Toda poesia (1950-1999)” – Página 488, de Ferreira Gullar – Publicado por J. Olympio Editora, 2000 ISBN 8503006960, 9788503006965 – 511 páginas
citação incluída em “Ruda” – Página 29, de Jaimendonsa, Publicado por Jaime de Araújo Mendonça, 2007 ISBN 8560864016, 9788560864010
Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (nasceu dia 10 de setembro de 1930, em São Luis, Maranhão, Brasil); poeta brasileiro.
- meu pai foi
- ao Rio se tratar de
- um câncer (que
- o mataria) mas
- perdeu os óculos
- na viagem
- – “Muitas vozes: poemas” – Página 40, de Ferreira Gullar – Publicado por José Olympio, 1999 ISBN 8503006782, 9788503006781 – 118 páginas
- “Seus cangaceiros, seus cactos, seus bichos incorporam-se definitivamente à iconografia brasileira”
-
- – Comentário a respeito da morte de Ademir Martins na edição 1.989 de Janeiro de 2007 da revista veja
“Como dois e dois são quatro
- sei que a vida vale a pena
- embora o pão seja caro
- e a liberdade pequena
- Como teus olhos são claros
- e a tua pele, morena
- como é azul o oceano
- e a lagoa, serena
- como um tempo de alegria
- por trás do terror me acena
- e a noite carrega o dia
- no seu colo de açucena
- – sei que dois e dois são quatro
- sei que a vida vale a pena
- mesmo que o pão seja caro
- e a liberdade, pequena.”
- – A luta corporal e novos poemas – Página 163, de Ferreira Gullar – Publicado por J. Alvaro, 1966 – 180 páginas
- “Do mesmo modo que te abriste à alegria
- abre-te agora ao sofrimento
- que é fruto dela
- e seu avesso ardente.
- Do mesmo modo
- que da alegria foste
- ao fundo
- e te perdeste nela
- e te achaste
- nessa perda
- deixa que a dor se exerça agora
- sem mentiras
- nem desculpas
- e em tua carne vaporize
- toda ilusão
- Que a vida só consome
- o que a alimenta.”
- – Toda poesia (1950-1999), de Ferreira Gullar – Publicado por J. Olympio Editora, 2000 ISBN 8503006960, 9788503006965 – 511 páginas
- “A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde e humilhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não tem voz”.
- – Corpo a corpo com a linguagem (artigo publicado em 1999)
fonte da citações: WIKIQUOTE
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